quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Querida mana


Venho sempre experimentar a ver se vou conseguindo falar contigo. Já que o resto dos manos não conseguem ou não têm tempo, eu sou a representante legar da familia Trindade. admira-me o miguel será que não sabe da existência do blogue ela claro que deve saber mexer neste tipo de tecnologia.
Novidades daqui, é mais noticias essas são felizmente a rotina do dia-a-dia. 6h da manhã toca o meu despertador, vou até á cozinha ferver água para pôr dentro dos termos para o almoço da madalena, enquanto a água ferve, ponho a mesa para o pequeno-almoço, geralmente vou tb despejar a barriga fico logo trabalho feito pela manhã! Quando acabo o trabalho na cozinha vou até ao 1º andar deito-me um pouco no sofá, uns 10 minutos, a seguir tipo 7h45 tomo duche, vou ao pão a pé e levo o lixo comum e o que é para reciclar, ponho no contentor separadamente, demoro 20 minutos nessa caminhada, agora qd saiu para ir ao pão 7h já está o dia a nascer, até aqui era sempre de noite. Já me esquecia, antes de sair chamo as meninas para ficarem acordadas e começarem a tratar de se vestir.
Qd chego 7h20, verifico se está tudo acordado e começo a aquecer a sopa e o resto para a madalena levar e 1 peça de fruta, a seguir arranjo tb uma caixa com sopa para o meu almoço e se me apetece levo resto se não pode ser 1 iogurte e 1 ou 2 peças de fruta. Começo a chamá-las para virem tomar o pequeno-almoço, aí começa a luta eu e o Zé a dizermos para comerem pão e elas que querem cereais, mas geralmente é dia sim dia não ou mais vezes pão. A madalena sempre com chourição, a teresa só com manteiga, a leonor tb só com manteiga.
Geralmente às 8h20 ou 8h15 saimos de casa nós as 4, deixo-as 1º no colégio a seguir é a leonor que fica junto do meu serviço, eu deixo o almoço e pico o ponto e vou arrumar o carro venho a pé e cá chego todos os dias para um novo dia.
E é isso minha querida mana, hoje deu-me para te contat o meu dia-a-dia, espero que não te fartes, beijos enormes e vamos lá a dar umas caminhadas por o corredor do hospital para te sentires a pouco e pouco com mais energia, e essa comidinha toda comida, para ficares com mais força, tudo comidinho, um biejo enorme da tua mana. Beijos ao tio jorge, ainda um dia tens que contar que foste pai natal mas não pode ser ainda pq há quem acredite nessa personagem, e aos primos carolina marta e henrique das primas 3 e da tia mana e cunhada e do Zé tb. Lena

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Queridos luisa e jorge


Pelo vistos todos aqueles dias que não consegui vir falar com vocês, foi mesmo pq me enganei no endereço que escrevi, agora foi logo, assim é melhor.
Vim dar um bom dia a vocês antes de começar a trabalhar.
Ainda não comecei a ir para o campo fazer a vistoria aos projectos florestais que existem aqui na ilha feitos por particulares e que todos os anos tenho que fazer uma visita em que faço amostras várias depende da área, para verificar se têm o nº de árvores que são necessárias, devido ao tempo que não tem permitido, mas talvez a partir de março vou começar. Ontem comecei a fazer um levantamento de material que existe para deitar fora, tem que se fazer um abate ao património e depois se for material que seja para reciclar enviamos se não vai para o lixo comum, é maioritariamente telefones e computadores do tempo da salvé rainha os computadores. Tem que se fazer isso de vez em quando para não se amontoar muita porcaria.
A madalena ficou hoje mais um dia em casa pq a barriga dela ainda não está muito bem, deve estar com um virose tem diarreia e dores de barriga mas não tem febre. Fui á professora dar-lhe os tpc de ontem e arranjar os de hoje.
A leonor lá foi para as suas aulas ontem teve 75% a fisico quimica nem sei o que está a dar se é fisica se quimica.
A teresa estava toda animada hoje ía com a sala dela visitar a casa da auxiliar deles já estava prometida há tempos, ela tem uma ninhada de cãezinhos ela adora animais é engraçado, é delas todas a que vibra mesmo, é qq um agora só fala em dinossauros, mas o animal favorito é o cavalo. Tenho pena de não termos mais animais em casa até um gato, mas nem eu nem o Zé gostamos muito de gatos em casa, na rua temos um só que é um pouco bravo não se deixa apanhar.
As notícias já vão longas, muitas beijocas para os dois da vossa mana.
Joge gostei muito de ver as vossa fotos, que delicia, aquela tu na cozinha tão fininho! Aquele de vocês os dois uma em que a luisa está com um t-shirt amarela estão lindos. Que saudades tenho de vocês. lena

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os Verdes Anos em ritmo latino americano…Capítulo VIII












Eu já estava a viver no Brasil há dois anos, mas para a Luísa tudo era novo, o país, os novos amigos, a procura de uma carreira profissional, o contacto mais próximo com a minha família e a falta da envolvente do seu círculo social e familiar.
Os primeiros meses vivemos no apartamento da minha mãe na Rua Duque de Caxias em Porto Alegre, enquanto reuníamos as condições financeiras para ter o nosso próprio apartamento.
Encontrámos um apartamento T1 num prédio novo na avenida Independência que nos encheu as medidas. Era bem central, com garagem, servido de transportes públicos e num bairro nobre da cidade.
Para um casal novo e ainda sem filhos era a solução ideal.
Comigo a trabalhar durante o dia, com tempo livre e as contas domésticas a crescer, era importante para a Luísa encontrar uma ocupação profissional.
Tentou uma equivalência curricular que lhe permitisse voltar a dar aulas, actividade que já tinha encetado antes de sair de Portugal.
Após o contacto com colégios particulares, este processo revelou-se algo complexo e burocrático. Na década de 70 dos século passado, Portugal e Brasil, apesar das declarações politicamente correctas e diplomáticas, que se apoiavam na história e culturas comuns, de proximidade tinham muito pouco, o que se revelava de forma gritante em diversos aspectos práticos do nosso dia a dia enquanto estrangeiros. As conexões eram essencialmente semânticas, pouco institucionalizadas e muito dependentes da força de vontade individual em conseguir uma integração profissional, social e da sorte em encontrar uma comunidade facilitadora da inserção.
Se este aspecto se revelou condicionante para a vida profissional da Luísa, o que a levou a optar por um trabalho de secretariado no escritório de um advogado conhecido, por outro lado o acaso da vida veio a aproximar-nos de um rapaz, correspondente de uma prima minha e que se transformou no grande amigo que é até hoje
Foi o Paulo Rosa que nos abriu as portas para a sua família, os seus amigos e nos introduziu na sociedade local.
Um pormenor que gostaria de destacar, onde se leu atrás correspondente estou a falar de alguém que se comunicava com um amigo ou amiga por carta, porque nesta época já remota ainda não conhecíamos as facilidades telemáticas como a telefonia celular, os SMS ou a Internet. A inesperada coincidência é que no meio de um país tão vasto, com uma população de cerca de 150 milhões de pessoas, a minha prima correspondia-se exactamente com um rapaz em Porto Alegre, uma cidade e região de forte influência europeia, mas não necessariamente portuguesa…
Uma vez ultrapassado o estigma que todo o português nessa época carregava, de baixa escolaridade e provincianismo, fruto do perfil de emigração existente até à Revolução de 74, os nossos novos amigos deram-se conta de que estavam perante um outro estilo de portugueses, que desconheciam até à data. E isto facilitou a nossa integração.
Viajámos muito, divertimo-nos imenso, convivemos com gente diferente de nós, mas nem por isso sentimos qualquer barreira ou ostracismo.
A vida a dois foi um constante aprendizado! Em todos os domínios, os episódios sucediam-se…Lembro, uma ocasião em que, dando ambos os primeiros passos nos domínios gastronómicos, tivemos um percalço com uma carne que estava no frigorífico, lamentavelmente encastrado e exposto ao sol, o que se veio a revelar fatal para a boa conservação da referida carne, o que a fez adquirir um pouco saudável tom esverdeado…
Ora, como os tempos eram de orçamento apertado, e fazendo apelo a uma máxima que me foi inculcada pelos ancestrais de que “mais vale fazer mal que deitar fora”, lá me pus a cozinhar a mal apresentada carne, tentando disfarçar com tempero um sabor que já não era dos melhores! E comemos a referida carne, estando até hoje vivos para o contar…
Tempos houve de maior felicidade e alegria, tempos houve de zangas e birras. Altos e baixos que eram situações normais naquela que era e é uma relação suportada por amor e paixão.
Aprendemos a viver juntos, a conhecer-nos intimamente, a “tocar de ouvido” como costumo dizer, a tolerar o ponto de vista diferente que o outro possa ter, a apreciar a presença um do outro e a sentir a dor da sua ausência.
A História segue dentro de momentos...
A menina Luluzinha faz 75 anos...

A da banda desenhada...
A nossa é bem mais nova e está aí para as curvas!!!
Olá luisa, bom dia

Parece incrível, há imensos dias que tentava escrever e nunca conseguia, reparei melhor, o problema é que estava a escrever mal o meu endereço, estou mesmo xexé! Desde dia 10 de fevereiro que tentava quase todos os dias e nada, já rogava pragas, mas como sempre o material tem sempre razão, a nossa cabeça é que andava a falhar um pouco. Não posso é desistir e tenho que ver bem onde está o problema tanto insisti que cá estou eu.
Hoej de manhã a teresinha lá te cantou uma mini canção para o teu telemóvel. Ontem ela já me tinha pedido só como chegá mos muito tarde a casa foi mais complicado, assim achei que a opção no carro podia ser boa ideia. Ela no principio colocou o telemóvel no colo e já a falar contigo, pq a canção tinha coreografia ela tinha que bater palmas, a leonor que estava no banco da frente lá reparou e mandou-a cantar como telemóvel na mão espero que tenhas conseguido ouvir alguma coisa.
Ontem vi nas noticias na sapo da internet que a filha da Zé amiga da landinha tinha publicado um livro, ela chama-se raquel lito, pelo nome raparei que era conhecida. Já disse á landinha o livro chama-se 3º sexo, é sobre homosessuais, foi numa altura boa para ela, talvez consiga vender bastante pq se fale muito no casamento dos homossexuais.
Vocês ouviram a entrevista do Miguel Sousa Tavares com o 1º ministro, eu não ouvi desde o início mas do que ouvi achei que o Miguel estava pouco incisivo como é hábito dele, do que ouvi achei que o 1º ministrodominou a conversa, achei estranho, não sei o jornalista tomou alguma coisa para estar mais calmo, acheio-o diferente.
Ontem comentei a mensagem da carolina só que não consegui que aparecesse, estav tão linda ela soube enfeitar tão bem o texto que fez!
Montes de saudades para todos e muitos beijinhos especiais para ti da tua manita e das sobrinhas e Zé.
Lena

sábado, 20 de fevereiro de 2010




o bicho alfabeto
tem vinte e três patas
ou quase
por onde ele passa
nascem palavras
frases

com frases se fazem asas
palavras o vento leve
o bicho alfabeto passa
fica o que não se escreve

(Paulo, só que o Leminski)



Oi, Luisa , queria escrever tão bem e tão poéticamente
quanto a Carola ou o Paulo Leminski,


como não consigo,
ficam aqui
essas imagens do nosso jardim e o
nosso pensamento contigo..

abração, Paulo e Caxixa

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010



1 MÊS!



mãe, faz um mês             que foste internada!
o tratamento corre           conforme o esperado, 
e apesar de não te sent      ires bem e estares farta de 
estar no hospital, o teu corpo está a responder bem, até 
melhor do que inicialmente se podia esperar!! Por isso, 
estamos felizes, animados e muuuuito positivos :) 
continua a lutar assim, cheia de força, e nada de 
tristezas (vá..de vez em quando pode ser)!
sinto muito a tua falta aqui do nosso
lado, aqui sempre bem disposta
e divertida! fica boa
rápido!
amo
te

m
u
i
t
o


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A Lua-de-mel em Caxias, do Hemisfério Sul...Capítulo VII








O nosso casamento, pelo civil e por procuração, realizou-se na Rua Nova Stella em Caxias, no dia 7 de Dezembro de 1977. Enquanto ocorria, julgo que pelas 16:00h locais, e do outro lado do Atlântico, o noivo cumpria o seu sétimo dia de trabalho numa nova empresa.
A viagem da Luísa para o Brasil estava marcada para o dia 9, uma sexta-feira.
Concluída toda a logística da mudança e após uma atribulada despedida no aeroporto da Portela, em particular da mãe Iolanda, a determinada Luísa encetou e encarou sozinha uma nova e revolucionária etapa na sua vida.
A aguardá-la no aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro encontrou, para surpresa dela, o sogro Fernando com um ramo de flores, num tipo de atenção muito próprio dele e que, como iremos ver, contrastava com a inexperiência e pouca perspicácia do jovem noivo.
A escala no Rio durou poucas horas e o embarque para Porto Alegre efectuou-se às 10:00h da manhã, no emblemático voo RG 100 da Varig, com chegada prevista para o meio-dia. Até aqui tudo correu bem nos planos mentais da Luísa que, julgo, encarou a segunda etapa da viagem de forma ainda mais entusiasmada.
A acolher a Luísa em Porto Alegre, o noivo encarregou-se de juntar uma numerosa delegação gaúcha, para além da mãe e irmãs, sendo que os primeiros manifestavam uma inquestionável curiosidade em conhecer quem era aquela portuguesa que tinha conseguido manter amarrado o coração do Jorge durante a longa separação, blindado às conhecidas incursões atrevidas das moças tupiniquins. As encaloradas e apetecíveis indígenas que foram determinantes no processo de colonização do Brasil, efectuado muito mais à custa da miscigenação do que da espada.
Será que esta portuguesa Luísa era possuidora de poderes obscuros? Para melhor entendimento desta curiosidade há também que ter presente a imagem pouco abonatória que na década de 70 os brasileiros tinham de Portugal em geral e das mulheres portuguesas em particular.
E a Luísa para eles foi uma grande surpresa, quer pela sua natureza afável quer pela sua imagem de bonita mulher! Começaram a perceber que afinal de “burro” aquele português não tinha nada…
Surpresa teve também a Luísa ao ver que, depois do almoço e de a instalar em casa da minha mãe na Rua Duque de Caxias, viu o noivo ir trabalhar de tarde ao final da qual iríamos para Caxias do Sul passar a nossa lua-de-mel no Hotel Samuara. Esta aparente desatenção do noivo, após um ano de separação e de um casamento realizado com os constrangimentos conhecidos, não estava nos planos dela.
Mas a insegurança do Jorge, receoso do impacto que teria na nova empresa ausentar-se naquela tarde, e a sua natureza ainda pouco aguerrida argumentativa sobrepôs-se à vontade de estar com a sua amada. Pensou que a compensação chegaria com a tão ansiada viagem a Caxias do Sul.
O cenário da serra gaúcha onde consumámos o nosso amor não podia ser mais adequado! Estávamos no final da Primavera no hemisfério sul e as hortênsias completamente desabrochadas criaram o plano de fundo ideal para os dias que lá passámos, onde ensaiámos os primeiros inexperientes passos da descoberta da vida a dois, colocando em prática todo o amor que sentíamos e sentimos um pelo outro, certos de que apesar dos altos e baixos que a vida nos iria impor, este era o caminho e a viagem que queríamos percorrer.
E posso dizer-vos que praticámos afincadamente!
Neste aspecto, as fotos que acompanham este texto apenas ilustram os intervalos de repouso, passeio e descontracção que os “guerreiros do amor” entenderam absolutamente necessários para retemperar forças...
Eu sei que vou-te amar!
A História segue dentro de momentos...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A expressão musical do meu amor pela Luísa...Capítulo VI


Rua
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando
então os sete mil amores

Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza


Luisa, não tenho escrito porque com a onda de calor que estava fazendo por aqui era impossível ter iniciativa para qualquer coisa ...
Mas agora tudo mudou, a chuva caiu, espalhando frescor e vitalidade!
Pela primeira vez estou acompanhando e participando de um blog. Confesso-te que ainda não me sinto muito à vontade, mas como esta é uma maneira de chegar a ti, mãos à obra!
Em novembro meti-me a fazer um curso à distância e também no começo andava toda atrapalhada, mas aos poucos fui-me habituando e no final estava craque! Com isso, perdi boa parte do verão, mas desde o final de janeiro estou indo à praia nos fins-de-semana, para espantar o estresse diário.
O Paulo cada vez está mais energético, na sexta passada botou som numa festa que foi até às 4 da manhã e no dia seguinte de tardezinha, mais festa só que na praia do Campeche (no bar do seu Chico, onde foi o aniversário do Paulo e da Bola, lembras?).
Querida, força e coragem! Estamos todos juntos formando uma corrente intercontinental de energias positivas e muito amor.


Beijosssssssssssssssssssssss Caxixa e Paulo


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Olá Luísa, minha querida!
Começou agora o feriadão de carnaval, quatro dias inteiros para por em dia o sono e todas as tarefas domésticas que eu vou adiando, adiando, adiando,.... Claro que os dias vão passar e eu não vou fazer nada do planejado.
Estou acompanhando as peripécias da Lena e das suas 3 filhas, louca para saber como foi o baile das mais pequenas e como será a estreia da Leonor, a jovem de 14 anos, nos bailes de carnaval. Aposto que a Lena não vai pregar olho a noite inteira... Ser mãe é padecer no paraíso...
Minha querida, penso em ti todos os dias.
Tem confiança que tudo vai dar certo!
Beijos e muitas saudades
Caxixa

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mana luisa


Ontem não consegui escrever nada, hoje estou a conseguir, não percebo nada disto, mas o que é preciso é estar mais perto de ti.
Por cá hoje vai estando sol e chuva.
As miúdas estão a preparar o carnaval, naõ é o brasileiro é o terceirense, que preocupação vai começar a dar.
As mais pequenas é amanhã vão festejar no colégio, a teresa vai mascarada, aqui dizem fantasiada, de scarlet não sei se é a O ara, era o que dizia na embalagem, é um vestido justo e comprido vermelho e preto e com um chapéu igual ao vestido com abas largas, essa está contente com o que leva.
A madalena vai de enfermeira, foi o que havia no modelo e ela escolheu, ela queria ir de bruxa mas não havia para o tamanho dela.Quer levar algum adereço de enfermeira, para além de toca e um avental que está incluido. Quer levar uma seringa, vamos lá ver o que se arranja, vamos a seguir ás aulas delas e enquanto esperamos pela leonor, a um armazém ver se arranjamos. A madalena é de todas a mais preocupada com tudo.
A madalena tem o almoço partilhado quer dizer que todos levam um prato mas tem que ser comida descartável. Pediu-me uma pizza e gomas, já está tudo tratado, ela ontem não parava de me falar nisso com medo de eu me esquecer. Coitada não deve confiar muito na mãe que tem, ah! ah!.
Neste momento está a chover bastante.
Então a preocupação do carnaval é mais com a leonor, quer sair 3 dias este carnaval, vão para sexta á noite, sábado e talvez segunda. Eu disse-lhe que achava demasiado, logo o 1º carnaval que sai logo todos os dias. Que a cabecinha a ajude, pq todos nós sabemos nesses dias a confusão que é e só tem 14 anos. Disse-lhe que tinha muitos anos há frente para festejar carnaval, mas o que uma mãe pode fazer perante isso, digam-me!! É acreditar que tudo vai correr bem, e que as cabecinhas funcionam bem, né toca prá frente e fé em Deus.
Será que a teresinha vai-me pedir para ir ás festas de carnaval com 10 anos e eu já sem força para esses embates. Digam-me pais experientes o que me espera? Não vale a pena sofrer por antecipação, como diz o nosso irmão João não nos pré ocupemos.
Só te quero dizer manocas que todos aqui na terceira estamos a torcer mas mesmo a torcer com MUITA FORÇA para virem dias MELHORES, e vaõ vir estás a ouvir bem minha linda vão vir, pode demorar mas vão chegar.
Estamos contigo beijos enormes.
Lena Zé madalena leonor e teresa.
Bem se depois de tudo isto não consigo enviar, mas vamos ter fé.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

para ver um Grande Amor Dançar




Barry White - Love's Theme

Love Unlimited Orchestra

Uma das nossas músicas...Capítulo V


Diz-se que as imagens valem mais do que mil palavras, mas no meu caso os sons também traduzem recordações e sentimentos.
Uma das músicas que mais me marcou na época, e continua a marcar até hoje sempre que a escuto, é Love's Theme, do ano de 1973, composta pelo Barry White e a Love Unlimited Orchestra.
Vejo-a como um símbolo da nossa relação, talvez pelo facto de ter dançado muitas vezes ao som dela com a Luísa...Dança de rosto colado, um "slow", como diríamos nessa altura!
Destila romance, amor, cumplicidade e sensualidade...




Luisa e jorge
Hoje já escrevi uma mensagem mas não consegui que aparece-se, não sei o que se passou. Vou rezumir o que contei.
A teresa foi ontem ao dentista e como tinha por trás dos dois dentes de leite, dois dentes definitivos a crescer a médica optou por lhe arrancar, ela não fazia ideia qd se sentou na cadeira, mas lá percebeu a médica esfregou-lhe uma pomada, segundo ela era doce, e duma vez só lá lhe arrancou os dois dentes ao mesmo tempo, ficou meia abananada mas depois de sair quis ir depressa para a natação para mostrar ao professor os seus dentinhos novos a crescer.
A leonor recebeu ontem a nota da ficha de matemática, segundo ela tinha sido dificil e lá teve 52%, não foi mau de todo. Hoje tinha ficha de ciências e esqueci-me de lhe desejar boa sorte.
Como o pai não está é sempre uma luta para lutarem por quem dorme com a mãe, já perto de acordarmos, oiço a teresa a dizer sentada na cama, tipo a sonhar a falar da madalena a ver se ela tb estava na cama com ela e com a mãe, é uma luta constante. Vou perguntar á leonor se ela quer dormir comigo, não sei se está esquecida se já não tem paciência! Das outras vezes estava presente na luta com as irmãs, desta vez até estou a estranhar!
Um beijo grande para os dois e muitas saudades Lena

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


O casaco amarelo 



à saúde, madrecita de mio cuore!


adoro o casaco e lembra-me muito de ti, por isso,
 gosto ainda mais de o usar! 
Olá mana

Luisa
Cá estou eu nem acredito que vai chegar aí, foi a leonor que me criou um amil e a palavra passe, o resto fiz aqui no serviço, só espero que chegue aí.
Cá vou contar notícias de terra açoriana, foi preciso estares "uns dias" privada da rotina para todos nos juntarmos para te dar notícias, caso contrário estaríamos todos fechados cada uma no seu canto a fazer a vidinha e ninguém se ligava. Assim vais ter agora com mais assiduidade noticias da familia daqui.
Pois com respeito á malta daqui, escrevi esta introdução pq me lembrei de qd estava ainda em caxias no sec. passado, escrevia cartas á maria emilia para o filho dela e irmã que estavam em s. Paio, nesse altura devias estar no brasil, era a empregada dos avós que depois ficam para nós. As gémeas faro gozavam que ela gostava do papá, lembraste.
Vamos falar da familia açoriana.
O Zé está na madeira foi lá a uma reunião de um grupo doa óleos a que eles se juntaram a reunião foi só no sábado, por isso no domingo já fugiu para ir fazer surf, alugou 1 quarto numa terra chamada jardim do mar, onde tem gente a fazer surf, e tem ondas neste momento.
As meninas e a mãe delas cá estamos.
A madalena teve ontem as suas 1ª provas de natação e portou-se muito bem, eu fiquei admirada por com a idade dela ela já saber tanta coisa que eu não sei e não faço, é giro, Vê-la a deslizar naquela água, ainda por cima ela não tem nenhuma amiga do colégio, começou este ano em setembro, na competição e naquelas provas não tinha nenhuma da aula dela podis sentir-se um pouco perdida, penso que no 1º dia isso aconteceu um pouco mas no 2º dia acho que já estava mais bem disposta.
A teresa aguentou os 2 dias comigo quase 3h e portou bastante bem, ontem até me pôs o telemóvel fora de serviço, deixei-a mexer e foi o caos!
A leonor teve um jogo de ténis e ganhou bem bom.
E foi assim o nosso fds.
A mensagem já vai longa espero não te ter cansado.
Bjs enormes para a minha mnocas e manão jorge.
Gostei de ver as fotos od vosso casamento do tempo dos dinossauros dirá a teresinha.
Lena

domingo, 7 de fevereiro de 2010



Tia estou tendo um dia pregisosa na cama eme lembra de nossos tempos juntos e portugal na sala de avo, na sua sala como passamos horas conversar, dar muitas festinhas ate joana arancar espinha nas costas de tio joao e aproveitar a companhia da nossa familia linda!isso que queria fazer com voce hoje tia, tomar um chocolate quente, bater papo e rir muito das piadas!Te adoro tanto tia e ja tou pensando em te ver em breve quando a tia ja ta sentindo melhor e vamos falar muito, abracar muito fazer essas belas caminhadas ao lado de mar para refrescar nosso corpo e mente!Ate breve minha gatinha estou sempre pensar em vc e te mandar muito amor e forca nessa luta que tem fim!
beijinhos da sua ritinha te amo muito muito

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


O Casamento ou o Grito do Ipiranga...Capítulo IV









A segunda metade da década de 70 estava a ser particularmente difícil para os moradores da Rua Nova Stella, 6.
O casal Yolanda e Joaquim, que criaram a sua família e educaram os seus cinco filhos com um forte sentido gregário, ambicionavam envelhecer rodeados de filhos e netos.
Mas alguns acontecimentos começaram a interpor-se nesse objectivo de vida, em parte como decorrência das transformações na sociedade portuguesa pós-25 de Abril, noutra parte pela natural vontade de afirmação e independência que os filhos manifestam em relação ao poder parental.
A primeira foi a primogénita Landinha, irmã com a qual não tive muito contacto nessa época, fruto da diferença de idade, da sua maneira de ser algo introvertida e também daquela atitude que alguns familiares apelidavam de "nariz empinado". Viajou para Inglaterra, para concluir os estudos académicos, vindo a começar namoro com um jovem escocês ruivo, igualmente de firme carácter. Estes laços pessoais e culturais que foi criando, cedo indiciaram que o percurso da sua vida seria realizado fora do seu país, nomeadamente quando anunciou o seu casamento com o Tom.
O segundo foi o João Carlos, que após os arremedos políticos juvenis, que o levaram pelos caminhos da esquerda radical, e não tendo uma ligação amorosa que o "amarrasse" em Portugal, entre as muitas que seu estilo pinga-amor sempre cultivou, decidiu-se iniciar uma carreira profissional na sua área de formação, a engenharia, actuando como cooperante na hidroeléctrica de Cabora Bassa em Moçambique.
Eis que, após concluir a sua licenciatura em Biologia, a "dócil" Luísa comunica aos pais que vai casar e mudar-se para o Brasil para seguir o seu coração!
Foi um rude golpe para quem via desmoronar a sempre presente ideia de uma família fisicamente próxima.
Acredito que as pressões que a Luísa sofreu para desistir desta ideia tenham sido mais que muitas, quer tenham origem na família, em amigos ou pretensos "proto-namorados" que viram na minha ausência um hipotético caminho livre para ganhar o afecto da Luísa. E posso até acreditar com o recurso, à falta de outros, a argumentos baixos do estilo: "Olha que ele por estas horas já se encantou com alguma brasuca..."!
Mas a Luísa sempre seguiu o que o seu coração dita...
No meio deste "conflito", em abono da verdade eu tinha alguns aliados, não tão influentes pela sua juventude, mas ainda assim sempre estiveram do meu lado.
Falo do Quim, que apesar de ter sido nomeado pelo Sr. Almirante como "cão de guarda" (sem ofensa!) da sua Luisinha, durante os nossos acalorados encontros, sempre descobriu uma forma equilibrada de, sem deixar de cumprir a sua missão perante o pai, dar aos pombinhos terreno livre para darem azo ao seu eflúvio hormonal...
E falo da Lena, a irmã mais nova e minha apoiante desde a primeira hora. A Lena, no linguajar da época, um verdadeiro "borrachinho" que os marmanjos do continente, por pura inépcia, deixaram escapar para os Açores, para onde se deslocou por motivos também académicos e onde veio a ser "caçada" por um simpático e atento ilhéu, o Zé Lúcio.
Para quem siga ou acredite no zodíaco, a Balança Luísa é entre outras características, harmonizadora, agradável para todos que se encontram com ela, indecisa, com uma atracção própria sem igual, criativa, enérgica e muito social, que odeia estar só, calma e generosa, muito amorosa, bonita e namoradeira.
Mas eu me permito acrescentar pelo menos mais uma: Determinada!
E foi esta determinação que a fez vencer, para além da barreira do tempo e da distância, a barreira familiar no seu objectivo de se juntar ao seu amor.
Sem ajudas externas ela preparou toda a logística e organização daquilo que foi uma mudança radical, uma verdadeira revolução, na sua vida! Teve, no entanto, de condescender aos pais numa coisa: Não viajaria para o Brasil sem ser casada.
Aqui entrou a criatividade lusa: Como o noivo não podia dispor da quantia necessária para pagar a viagem e um depósito compulsório (imposto não reembolsável) para quem viajava para o estrangeiro, optaram pelo casamento por procuração! Situação que mais tarde tivemos dificuldade em explicar aos filhos que não viam nas fotos do casamento o seu pai, mas o seu tio Quim...
Como facilmente podem compreender, para que não ocorressem percalços nem "apropriações indébitas", sabiamente optei por passar a procuração a um irmão da Luísa!
As fotos que ilustram o casamento são, para dizer o mínimo, paradoxais!
Se por um lado são sintomáticas da habitual e esfusiante alegria da Luísa, dos padrinhos Leonor e Fernando e de alguns amigos, são também sintomáticas do que na altura me pareceu uma "fúria contida", para com um genro mão-de-vaca que nem ao casamento comparece e que ainda por cima leva a nossa querida Luísa para os confins do mundo.
O futuro veio a comprovar que a minha percepção estava errada!
A História segue dentro de momentos...